EspectaDOR

Senhoras e senhores sejam todos bem vindos

Ao meu tão estranho e triste mundo!

Que mais parece um picadeiro frio e imundo,

Onde das lágrimas faço minha mais terna canção,

Mais que isso, uma oração, com o intuito de a ti minh’alma levar;

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Sinto minhas pálpebras cerradas por sobre meus olhos tão tristes,

Resguardando a última lágrima de dor que não vistes,

Sob a passividade do meu rosto rolar.

Moldura de uma alma corroída pela dor, de em mim não mais te encontrar;

Pois, a doce e perfeita simetria que nossas almas unia a vida tratou de findar.

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Vago por entre as ruas escuras e frias da minha tão triste cidade;

Onde vejo por entre meus dedos escorrer minha mocidade;

Mas meu coração não se cansa de por ti esperar...

Pois o tempo é uma mera invenção da vida;

E por maior que seja a ferida, em teus braços hei enfim de descansar.

(Leandro de Carvalho Pereira)

Máquina do tempo

Tempo, senhor impiedoso;

Dou-lhe meu bem mais valioso;

Que é a docilidade do meu versar.

Não se faca de rogado,

Pois ainda a quero ao meu lado;

Por favor, deixa-me voltar...

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Olhos cerrados como barreira;

Guardando a lágrima derradeira;

Causada pela dor de ao teu lado não estar.

Para secar-te, as lágrimas de dor;

Que mesmo com tanto amor eu te fiz derramar;

Por favor, deixa-me voltar...

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Voltarei para o teu lado minha estrela;

Pois um dia em meus braços hei de tê-la;

Para te mostrar que vale a pena sonhar.

Pois sem você a doce e terna palavra de amor;

Aos meus lábios já não tem mesmo sabor;

Por favor, deixa-me voltar...

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Sei que meu nome por amor foi escondido;

Da fúria do meu mais vil e oculto inimigo;

Mesmo sofrendo estivestes a me proteger;

Com poderia de outra meu coração ser?

(Leandro de Carvalho Pereira)