terça-feira, 17 de março de 2009 | By: Leandro Carvalho

Prece...


Ergo meus olhos pro céu em minha mais sincera oração;

Pondo em minha mais triste prece, a dor que em meu coração padece;

Amar-te foi meu maior pecado, mesmo assim te quero ao meu lado;

Pois, a lágrima doida, em meus versos ganha vida, e em meu peito enclausurado;

Castigado pelo pecado, faço da dor de ter te amado, o meu mais triste fado;

-

Você foi minhas asas quando eu não tinha forcas para voar;

Você foi a mais doce verdade que eu pude acreditar;

Você foi a cura pro meu mais triste tormento;

Você me mostrou tão doce e puro sentimento;

-

Hoje até mesmo o céu do Arpoador;

Em suas cores já não traz o mesmo sabor;

E a doce chuva no alto do Corcovado;

São como lágrimas do Cristo, em um lamento, pela dor abafado;

Pois, sei que NUNCA hei de tê-la ao meu lado...

-

Você foi meus olhos, a me guiar na escuridão;

Você foi sentimento, aquecendo meu tão frio coração;

Você foi meu porto seguro, mesmo ancorado a tanta solidão;

Você foi presença em meio a tanta ausência;

Você foi a alegria do versar sem nunca perder a essência;

Enquanto voz da vida apenas me pedia, PACIÊNCIA...

(Leandro de Carvalho Pereira)


quarta-feira, 4 de março de 2009 | By: Leandro Carvalho

Prisão de paredes Invisíveis


Noite triste e fria em um canto escuro do meu quarto;

Que de tão sombrio e incerto faço meu próprio claustro;

Onde sou prisioneiro meu, refém de um sonho que outrora tive;

E é impulsionado por ele que minh’alma inda vive;

-

A centelha da vida que em meu corpo foi inserida;

Já não fumega em meu peito com a mesma medida;

Meus tão doces e puros versos a ti dedicados, oh minha querida;

Ao serem pronunciados, já não trazem ao meu enfermo corpo a mesma vida;

-

Fiz de um tão doce sonho minha realidade;

Para num horizonte tão distante, ir ao encontro de minha felicidade;

Em busca do tão doce sorriso que me lembro ter tido em minha mais tenra idade;

Que hoje foi substituído pelas lágrimas que me presenteia a saudade;

-

As forcas já estão se esvaindo diante de tão longa caminhada;

Mas, me espere, pois um dia hei de te encontrar, minha eterna e única amada;

Pois a ultima lágrima que te guardei, de meus olhos ainda não foi derramada;

E hei de a entregar-te no fim dessa tão árdua jornada...

(Leandro de Carvalho Pereira)



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