sábado, 21 de fevereiro de 2009 | By: Leandro Carvalho

Parafraseando-me...



Parafraseando-me vou tentando encontrar em mim o homem que outrora vistes;

Inundado em meio a tantas memórias desconexas, pensamentos tão tristes;

Guiado pela lágrima de dor, que tocar teu rosto não sentistes;

A eloqüência com que os versos outrora por minha mão eram destilados,

Já me foi perdida hoje pago com imensa dor todos os meus pecados;

-

Olhos fechados de uma triste alma que chora, molduras são;

Mãos cerradas apontando pro céu em prece, pedindo perdão;

Personificam a fé cantada em minha humilde oração;
Quero parar as areias do tempo na palma da minha mão;
-
Resta-me apenas a dor de roubar do poeta o bem por ele mais estimado;

Que é a docilidade de fazer do seu verso, oração contra o mais sublime pecado;
Que é o de amar alguém que não posso ter ao meu lado;
Com sua pena ganho o poder, de em versos tolos minhas dores converter;
Minhas lágrimas tão distintas, no papel se fazem tinta, externando todo o meu querer;

-

O que mais poderia fazer tão precário e triste poeta em seu versar?

Que não fosse a ti meus mais puros e singelos versos destilar?

Enquanto estendo meus braços a um infinito tão findo, onde sempre posso te encontrar;

Se os sonhos se realizam, já não sei, mas, um dia hei de ao teu lado estar.
(Leandro de Carvalho Pereira)








sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 | By: Leandro Carvalho

Epitáfio


Eu sou o verso mais triste destilado por uma mão trêmula de saudade;

Sou a prece mais sincera no meio de tantas inverdades;

Sou o sorriso falso, escondendo a alma que sofre;

Sou a dor da saudade... sentimento tão nobre;

Uns me chamam início , outros de fim, mas a maioria ,apenas MORTE.

-

Sou a brisa que acaricia o triste rosto pelas lágrimas maculado;

Fazendo me crer que ser feliz foi meu maior pecado;

Sou as frases feitas amontoadas em verso;

Que mesmo sem tanta eloqüência te mostram meu triste e sombrio universo;

Uns me chamam inicio, outros de fim, mas a maioria, apenas MORTE.

-

Sou o escuro da noite, sou a luz em meio às trevas;

Sou o mensageiro da dor que alegria a outros leva;

Sou a lua com tão doce brilho que ao tocar o mar em sol se transmuta;

Mostrando-me o quanto as escolhas na vida podem ser tão injustas;

Uns me chamam início, outros de fim, mas a maioria apenas MORTE... Enfim.

(Leandro de Carvalho Pereira.)


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