terça-feira, 17 de novembro de 2009 | By: Leandro Carvalho

Testamento de um poeta “Bobo”


Noite fria e escura, num canto sombrio do meu quarto;
Onde, prisioneiro de meus devaneios tolos sou;
Na ânsia de não mais querer me ser, ponho-me a versar;
Talvez os versos hoje, não tenham a mesma eloqüência de outrora;
Mas é o que me resta por hora, então, vem comigo sonhar;
Me ajuda, pois, eu não queria te amar...
-
Tentei escrever-te uma carta de amor ou talvez de alento;
Mas devido ao pouco talento, só consegui te escrever, meu testamento;
Minha querida, mesmo que distante, te deixo meu triste sorriso de uma alegria tão infante;
Junto com o sonho de te fazer feliz mesmo que por um sublime instante;
Me perdoa, pois, eu não queria te amar...
-
A felicidade tão almejada, hoje sem teu sorriso, já não me faz tanto sentido;
É na dor de ter que te deixar que faço meu solitário abrigo;
O caminho da dor, hoje é meu amigo, mas, me obriga a não te levar comigo;
Mas um dia, hei de dos teus olhos as lágrimas de dor poder secar,
Me espera, pois, eu não queria te amar...
-
Quando meu riso era apenas pranto, e a dor já não me causava tamanho espanto;
Com tua docilidade soubestes me resgatar, sem julgar soubestes apenas me entender;
E é por isso que não entendo, mesmo não querendo, por que não me deixa amar você???

(Leandro de Carvalho Pereira)


terça-feira, 16 de junho de 2009 | By: Leandro Carvalho

Anjo de Metal



A pureza de outrora em meus olhos já não tem o mesmo brilho
É tão triste e frio o caminho que hoje trilho.
Estar tão perto das nuvens e não poder te tocar
Sendo apenas a brisa Leve que em uma noite fria vem teu rosto acariciar,
Sendo o alento distante que na dor vem tuas lágrimas secar,
Abdico da minha divindade Senhor... Deixa-me para a minha amada voltar.
_
Sou um anjo com asas de um metal forjadas na dor
Como posso continuar divino, se já conheço o amor?
_
Um turbilhão de sentimentos mortais invade meu peito;
Em minha divindade vi a dor, vi a guerra e todo o mal que o homem tem feito;
Vi na lágrima da mãe que sofre o quanto a humanidade pode ser egoísta;
Comprando sua salvação em cheque enquanto seu irmão morre à vista,
Mas, em meio a tanta dor eu fui amado, eu fui amor;
Pois, em teus olhos vi que o homem pode ser divino sendo tão pecador.
_
Sou um anjo com asas de um metal forjadas na dor
Se amar-te foi um erro me reconheço pecador
_
Hoje sinto minhas que asas de metal pela dor foram oxidadas,
Voar ao teu encontro já não mais consigo, pois, estão tão pesadas;
Meus olhos outrora tão límpidos, hoje vêem a tristeza e a dor,
De mesmo na condição humana, não ter o teu calor...
(Leandro de Carvalho Pereira)


sexta-feira, 17 de abril de 2009 | By: Leandro Carvalho

Um anjo pra quem Vê


Às vezes quando me distraio um instante, e me pego em sonhos a rememorar;

Com os olhos pela dor cerrados toda a incerteza que me trouxe o passado;

Mas com a fé e ternura de uma criança, que espera, pois, sabe que um dia alcança;

Fiz minha mais doce prece ao ver a uma triste estrela do céu se despedir,

Solitária como a derradeira lágrima de dor que não pude impedir de do teu rosto cair;

-

Teu olhar me dá forca pra acreditar nos sonhos outrora perdidos;

Teu olhar me faz crer que tenho um anjo amigo;

Teu olhar me dá forcas pra contigo lutar;

Mesmo que os dragões não sejam moinhos de vento

Você me ensinou a sonhar;

-

Ao olhar ao meu redor circulado de tanta hostilidade;

Sei que no azul dos teus olhos encontro a minha verdade;

Quando a dor consumia minha alma você me fez na vida acreditar;

Na inocência de um sentimento puro, mesmo sem tuas mãos não poder apertar;

Mesmo sem sentir o teu calor comigo em teu colo encontrei meu mais seguro abrigo;

-

Um anjo com o par de asas quebrado;

Saindo de sua divindade fez morada ao meu lado;

Um anjo com o par de asas quebrado;

Secou minhas lágrimas da dor de um tão triste passado;

Você é meu anjo com o par de asas quebrado;

Me deixa sonhar ao teu lado...


(Leandro de carvalho Pereira)






terça-feira, 17 de março de 2009 | By: Leandro Carvalho

Prece...


Ergo meus olhos pro céu em minha mais sincera oração;

Pondo em minha mais triste prece, a dor que em meu coração padece;

Amar-te foi meu maior pecado, mesmo assim te quero ao meu lado;

Pois, a lágrima doida, em meus versos ganha vida, e em meu peito enclausurado;

Castigado pelo pecado, faço da dor de ter te amado, o meu mais triste fado;

-

Você foi minhas asas quando eu não tinha forcas para voar;

Você foi a mais doce verdade que eu pude acreditar;

Você foi a cura pro meu mais triste tormento;

Você me mostrou tão doce e puro sentimento;

-

Hoje até mesmo o céu do Arpoador;

Em suas cores já não traz o mesmo sabor;

E a doce chuva no alto do Corcovado;

São como lágrimas do Cristo, em um lamento, pela dor abafado;

Pois, sei que NUNCA hei de tê-la ao meu lado...

-

Você foi meus olhos, a me guiar na escuridão;

Você foi sentimento, aquecendo meu tão frio coração;

Você foi meu porto seguro, mesmo ancorado a tanta solidão;

Você foi presença em meio a tanta ausência;

Você foi a alegria do versar sem nunca perder a essência;

Enquanto voz da vida apenas me pedia, PACIÊNCIA...

(Leandro de Carvalho Pereira)


quarta-feira, 4 de março de 2009 | By: Leandro Carvalho

Prisão de paredes Invisíveis


Noite triste e fria em um canto escuro do meu quarto;

Que de tão sombrio e incerto faço meu próprio claustro;

Onde sou prisioneiro meu, refém de um sonho que outrora tive;

E é impulsionado por ele que minh’alma inda vive;

-

A centelha da vida que em meu corpo foi inserida;

Já não fumega em meu peito com a mesma medida;

Meus tão doces e puros versos a ti dedicados, oh minha querida;

Ao serem pronunciados, já não trazem ao meu enfermo corpo a mesma vida;

-

Fiz de um tão doce sonho minha realidade;

Para num horizonte tão distante, ir ao encontro de minha felicidade;

Em busca do tão doce sorriso que me lembro ter tido em minha mais tenra idade;

Que hoje foi substituído pelas lágrimas que me presenteia a saudade;

-

As forcas já estão se esvaindo diante de tão longa caminhada;

Mas, me espere, pois um dia hei de te encontrar, minha eterna e única amada;

Pois a ultima lágrima que te guardei, de meus olhos ainda não foi derramada;

E hei de a entregar-te no fim dessa tão árdua jornada...

(Leandro de Carvalho Pereira)



Facebook

Creative Commons

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Sejam bem-vindos. Hoje é

Recomende Nos...

Envie esta página a um amigo!