Tempo, senhor impiedoso;
Dou-lhe meu bem mais valioso;
Que é a docilidade do meu versar.
Não se faca de rogado,
Pois ainda a quero ao meu lado;
Por favor, deixa-me voltar...
-
Olhos cerrados como barreira;
Guardando a lágrima derradeira;
Causada pela dor de ao teu lado não estar.
Para secar-te, as lágrimas de dor;
Que mesmo com tanto amor eu te fiz derramar;
Por favor, deixa-me voltar...
-
Voltarei para o teu lado minha estrela;
Pois um dia em meus braços hei de tê-la;
Para te mostrar que vale a pena sonhar.
Pois sem você a doce e terna palavra de amor;
Aos meus lábios já não tem mesmo sabor;
Por favor, deixa-me voltar...
-
Sei que meu nome por amor foi escondido;
Da fúria do meu mais vil e oculto inimigo;
Mesmo sofrendo estivestes a me proteger;
Com poderia de outra meu coração ser?
(Leandro de Carvalho Pereira)
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