Fim do segundo ato
Fecham se as cortinas
Pra esconder o picadeiro
Tão sujo e frio quanto o
Meu coração de palhaço
-
Deixo rolar do canto
Do meu olho uma lágrima
De dor dissipando a
Falsa alegria
Que a maquiagem alegre
Conferia ao meu tão sofrido rosto
-
Finalmente posso ser eu mesmo
A alegria que o sorriso doce das
Crianças me conferia partiu
Ao fim de mais um espetáculo
Agora tenho comigo apenas as
Lágrimas da ausência de um
Amor que perdi sem nunca ter
Tido verdadeiramente.
-
Dói acordar e saber que antes
De ser palhaço, porta voz da alegria,
Sou homem porta voz da dor e do sofrimento
Da tristeza e da incerteza afinal de contas
(Leandro de Carvalho Pereira)
1 comentários:
"Quantas vezes não expressamos alegria a outros qndo na verdade estamos profundamente tristes?Tantos momentos que estamos rodeados de pessoas e nos sentimos sozinhos?Mascarando a dor e a solidão que poucos desconhecem?" Nooossa, eu adoro essa poesia é uma das minhas preferidas...linda!Foi o primeirinho de uma fonte,que espero eu,não pare de jorrar!!Bjo poeta raro...te adoro até sempre!!
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